Cuidar da saúde física no ambiente de trabalho é mais do que uma obrigação legal — é uma estratégia que fortalece a empresa como um todo. Campanhas bem estruturadas, exames ocupacionais e suporte psicológico geram benefícios diretos para a produtividade, o clima organizacional e a imagem da empresa.
Ações sazonais podem salvar vidas, como a campanha de combate ao câncer de pele. Segundo o INCA, esse é o tipo de câncer mais comum no Brasil, somando cerca de 33% dos diagnósticos da doença. Trabalhadores expostos ao sol, como vigilantes, carteiros e operários, estão entre os mais vulneráveis. No entanto, é importante reforçar que o uso de protetor solar e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) deve ser incorporado em qualquer função, já que a exposição ao sol, calor, poeira ou agentes químicos pode ocorrer em maior ou menor grau em diferentes contextos de trabalho. O protetor solar, por exemplo, é essencial mesmo para quem realiza deslocamentos breves ao ar livre, e os EPIs — como luvas, máscaras, óculos e capacetes — são fundamentais para proteger a integridade física do trabalhador. Também entram nesse cuidado as ações voltadas à prevenção de LER/DORT, doenças respiratórias e acidentes com máquinas e ferramentas — que, segundo a Fundacentro, seguem como causas frequentes de afastamentos no país.
Além dos riscos físicos, o ambiente de trabalho pode agravar fatores como sedentarismo, estresse crônico e sobrecarga emocional. A OMS alerta que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, frequentemente ligadas a hábitos prejudiciais mantidos no dia a dia. Nesse contexto, a medicina ocupacional atua com estratégias que incluem o PCMSO, o PGR/GRO e campanhas internas sobre ergonomia, alimentação e saúde mental. Triagens emocionais, escuta ativa e apoio psicossocial — conduzidos por enfermeiros e psicólogos — ajudam a identificar sinais de adoecimento e construir ambientes mais saudáveis e humanos.
Corpo e mente no centro da estratégia ocupacional
Hoje, não se fala mais em saúde ocupacional sem incluir a saúde mental. Um colaborador com ansiedade, depressão ou síndrome de burnout apresenta queda de produtividade, dificuldade de concentração e maior risco de acidentes. Estima-se que, no Brasil, cerca de 30% dos afastamentos do trabalho por mais de 15 dias estão ligados a transtornos mentais e comportamentais, segundo o Ministério da Saúde.
Por isso, a abordagem moderna é integrada: a empresa precisa olhar o colaborador como um todo. Campanhas de saúde e exames ocupacionais bem estruturados devem contemplar não apenas a prevenção de doenças físicas, mas também o cuidado com a saúde mental e os fatores psicossociais. Entre as boas práticas que podem (e devem) ser incorporadas estão:
- Espaços de descompressão e estímulo à qualidade de vida fora do expediente;
- Gestão de pessoas com empatia, promovendo escuta ativa e feedbacks humanizados;
- Treinamentos regulares sobre saúde emocional, prevenção de burnout, assédio e estresse crônico;
- Programas de Apoio ao Colaborador (PACs) com atendimento multiprofissional.
Essas ações fortalecem o impacto das campanhas e dos exames, promovendo um cuidado mais completo, contínuo e alinhado à realidade dos colaboradores.
Nesse cuidado contínuo, profissionais de enfermagem desempenham papel central. O 12 de maio (Dia do Enfermeiro) e o 20 de maio (Dia do Técnico em Enfermagem) reforçam a importância desses profissionais que acompanham os trabalhadores desde a admissão até o retorno após afastamentos. Com escuta qualificada, triagem clínica e orientação, eles são a linha de frente da saúde no ambiente corporativo.
Cuidar é agir com estratégia, escuta ativa e responsabilidade coletiva
Mais do que seguir protocolos, o sucesso da saúde ocupacional depende de trabalho em equipe e de um olhar crítico sobre a rotina da empresa. Isso envolve analisar dados, ouvir os colaboradores, identificar padrões de adoecimento e adaptar ações com base em evidências concretas. Essa abordagem está alinhada à NR-01, que estabelece as diretrizes gerais de prevenção e exige que as empresas incorporem a gestão de riscos de forma contínua e integrada.
Um exemplo prático é o aumento nos afastamentos por dores lombares — que podem estar ligados à ergonomia inadequada, jornadas excessivas ou até à sobrecarga emocional. Nesses casos, a NR-17 orienta ajustes nos postos de trabalho e nas condições físicas e organizacionais, visando o bem-estar físico e mental dos trabalhadores. Cabe à equipe de saúde ocupacional investigar com profundidade, propor soluções viáveis e engajar todos os setores na implementação das melhorias. Empresas que adotam essa postura reduzem riscos, melhoram o clima interno, aumentam a produtividade e fortalecem seu capital humano. E mais: constroem ambientes mais saudáveis, sustentáveis e preparados para os desafios do presente e do futuro.
Na Ativa Medicina e Segurança do Trabalho, combinamos inovação, conhecimento técnico e uma abordagem humanizada para criar soluções de saúde ocupacional eficazes e personalizadas. Nosso compromisso vai além da prevenção de riscos: estamos aqui para apoiar sua empresa no cuidado contínuo e no bem-estar integral de seus colaboradores, garantindo um ambiente mais seguro, saudável e produtivo para todos.
- Fontes:
Instituto Nacional de Câncer (INCA) - Fundacentro
- Organização Mundial da Saúde (OMS)
- Ministério da Saúde
- Ministério do Trabalho e Emprego – Norma Regulamentadora NR-17 (Ergonomia).
- Ministério do Trabalho e Emprego – Norma Regulamentadora NR-01 (Diretrizes Gerais de Prevenção e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais).