O mês de outubro é mundialmente reconhecido pela campanha Outubro Rosa, que visa à conscientização sobre o câncer de mama, uma das principais causas de morte entre mulheres no Brasil e no mundo. Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o Brasil deve registrar 73.610 novos casos da doença até 2025, destacando a urgência de iniciativas preventivas. Além disso, o país apresenta uma peculiaridade preocupante: a desigualdade racial e socioeconômica no acesso a diagnósticos precoces e tratamentos.
Desigualdades no diagnóstico e tratamento do câncer de mama
Apesar dos avanços nos últimos anos, as mulheres negras continuam sendo as mais impactadas pelas deficiências no sistema de saúde. Dados apontam que as mulheres negras têm uma taxa de mortalidade 67% maior em comparação às mulheres brancas, mesmo que as brancas apresentem maior incidência da doença(
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). Isso ocorre porque muitas vezes, o diagnóstico para essas mulheres é tardio, devido à falta de acesso a exames preventivos como a mamografia.
Estatísticas revelam que 56,5% das mulheres negras no Brasil não realizaram mamografia nos últimos dois anos, um número alarmante que agrava o cenário do câncer de mama no país. Entre as mulheres diagnosticadas, muitas descobrem a doença já em estágio avançado, o que reduz as chances de cura e eleva a taxa de mortalidade(
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O câncer de mama triplo negativo e o impacto em mulheres negras
Além da dificuldade de acesso aos exames preventivos, as mulheres negras são mais suscetíveis ao tipo de câncer de mama conhecido como “triplo negativo”. Este subtipo é mais agressivo e tem menor taxa de resposta aos tratamentos convencionais, tornando-se um desafio particular para os sistemas de saúde pública e privada. Estudos coordenados pelo INCA revelam que esse tipo de câncer é mais prevalente em mulheres negras, e apresenta um prognóstico mais desfavorável quando comparado a outros tipos de câncer de mama(
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O tratamento do câncer de mama no Brasil, especialmente para esse subtipo, exige uma abordagem mais ampla e ágil. A legislação atual prevê que pacientes com suspeita de câncer devem realizar biópsias em até 30 dias e iniciar o tratamento em até 60 dias após a confirmação do diagnóstico. No entanto, essas metas nem sempre são alcançadas, especialmente nas regiões mais vulneráveis e entre as populações marginalizadas(
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A realidade do câncer de mama em países de baixa e média renda
Globalmente, o câncer de mama afeta países de maneira desigual. Enquanto países desenvolvidos têm acesso a tecnologias avançadas e diagnósticos precoces, as regiões mais pobres enfrentam desafios que vão desde a falta de infraestrutura até a ausência de políticas públicas eficazes. De acordo com um estudo da National Geographic Brasil, os países mais pobres registram um número crescente de casos e uma taxa de mortalidade superior à média global. No Brasil, embora o SUS (Sistema Único de Saúde) ofereça mamografias, muitas mulheres enfrentam barreiras no acesso ao exame e, em muitos casos, só buscam atendimento médico após o surgimento de sintomas mais graves(
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No cenário mundial, o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres, representando aproximadamente 25% dos casos de câncer diagnosticados anualmente. Nos países mais pobres, a falta de investimentos em saúde, a baixa conscientização e o medo de um diagnóstico muitas vezes fatal levam muitas mulheres a postergar ou evitar exames preventivos(
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A importância da conscientização e da prevenção
O Outubro Rosa tem desempenhado um papel fundamental na disseminação de informações sobre a prevenção do câncer de mama, incentivando as mulheres a realizarem o autoexame e exames de rotina, como a mamografia. No entanto, é necessário ir além da conscientização. As políticas públicas precisam ser aprimoradas, especialmente para garantir que todas as mulheres, independentemente de raça ou classe social, tenham acesso igualitário a diagnósticos e tratamentos adequados.
Para enfrentar essa realidade, o Brasil precisa investir em campanhas mais inclusivas, focadas nas populações mais vulneráveis. Além disso, a formação de profissionais de saúde capacitados para identificar sinais precoces da doença e direcionar os pacientes de forma eficiente para o tratamento é crucial.
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