Quando a pressão vem de dentro
“Não é o chefe que cobra mais. É a própria cabeça.”
À primeira vista, parece um colaborador modelo: entrega tudo no prazo, revisa cada detalhe, preocupa-se com a equipe, está sempre disponível.
Mas por dentro… é cobrança, culpa e medo.
O perfeccionismo pode parecer uma qualidade — até virar prisão.
Quando o colaborador vira seu pior inimigo
O julgamento interno é uma forma silenciosa e cruel de sofrimento emocional. Ele se manifesta de formas que muitas vezes passam despercebidas:
- Incapacidade de celebrar conquistas
- Medo constante de errar ou “não ser bom o suficiente”
- Sentimento de inadequação mesmo com bons resultados
- Comparações autodestrutivas com colegas
- Necessidade constante de validação
De acordo com a ISMA-BR, 72% dos brasileiros economicamente ativos sofrem com sintomas de ansiedade relacionados ao trabalho, muitos por fatores de autossabotagem.
E o que a empresa tem a ver com isso?
Muita coisa.
Ambientes altamente competitivos, metas irreais, líderes que só enxergam resultados, cultura de “alta performance a qualquer custo” — tudo isso alimenta o ciclo de autojulgamento.
Mesmo sem querer, a empresa pode reforçar padrões emocionais adoecedores.
Como intervir e prevenir?
🌱 Crie espaços de desenvolvimento saudável
Incentive metas pessoais com equilíbrio emocional. Não é só sobre o que se entrega, mas sobre como se chega lá.
🫶 Estimule vulnerabilidade e autenticidade
Líderes que compartilham desafios humanos abrem espaço para equipes se sentirem menos sozinhas e pressionadas.
🧠 Ofereça suporte emocional contínuo
Terapia corporativa, rodas de escuta, acompanhamento psicológico. Apoiar é mais eficaz do que punir ou ignorar.
📣 Promova campanhas de saúde emocional realistas
Troque o “seja o melhor” por “seja saudável.” Uma equipe emocionalmente segura entrega mais — e melhor.
Às vezes, o maior assédio é interno.
A Ativa ajuda a transformar cobrança em consciência.