O custo invisível de abraçar tudo
“Quer abraçar tudo. Acaba despedaçado.”
Sabe aquela pessoa que está em todos os projetos, assume tarefas além do combinado, vive dizendo “pode deixar que eu resolvo”? Ela parece o pilar da empresa.
Mas o que ninguém vê é que esse pilar está prestes a rachar.
A síndrome do “abraçador de tudo”
Esse comportamento — muitas vezes elogiado como proatividade ou espírito de equipe — pode esconder um emocional frágil, movido por medo de rejeição, necessidade de validação e insegurança crônica.
Por trás da hiperprodutividade, geralmente existe:
- Pavor de parecer incompetente
- Medo de perder espaço
- Baixa autoestima camuflada por performance
- Dificuldade em impor limites
- Crença de que só é valorizado se estiver “fazendo muito”
Esses profissionais têm alta chance de desenvolver síndrome de burnout, ansiedade e até crises depressivas. De acordo com a OMS, o Brasil está entre os países com maior número de casos de transtornos mentais relacionados ao trabalho no mundo.
O impacto para a empresa
No início, parece vantagem: entregas rápidas, presença em múltiplas frentes, envolvimento total.
Mas o custo é alto:
- Colaboradores esgotados
- Equipes dependentes de um único “resolvedor”
- Cultura de sobrecarga normalizada
- Baixa retenção a médio prazo
Como intervir e prevenir?
📌 Reforce o valor da presença equilibrada
Mais importante que fazer tudo é fazer bem e com saúde. A liderança precisa ser exemplo disso.
🎯 Estabeleça prioridades claras
Ambientes sem foco e sem direção favorecem a sobrecarga. Definir o que realmente importa é um ato de cuidado.
🧠 Cuide do emocional por trás da hiperprodutividade
Nem sempre o excesso de entrega é um sinal de motivação. Pode ser um grito silencioso por reconhecimento ou medo.
🤝 Crie canais de escuta contínua e acompanhamento psicológico
O colaborador precisa ter onde e com quem conversar sobre seus limites — sem medo de ser punido.
Quando tudo é urgente, nada é sustentável.
A Ativa te ajuda a respirar — e a manter o essencial.